Sentava-se no estúdio num gracioso S.
Alta... Rolava consoantes bárbaras
varsóvicas, e as polidas de Amadeus,
Anunciando coros de anjos, árvores
<-orquestras, onde a música se lesse;
Em pão quotidiano a sua voz de mármore,
Ave que entre as folhas escondesse
O olhar luminoso, a cabeleira lábara...
E assim abria o seu festim de música
Em contraponto tendo outra voz Nobre
A arregaçar cortinas da manhã,
O Tempo, sentado ao lado cúmplice,
A janela um quadro que sob o vidro cobre
O silêncio onde se ouve a flauta de Pã...
Poema de JORGE GUIMARÃES (escrito em 15.11.2002 às 18:19:06)